terça-feira, novembro 13, 2007
ROGÉRIO MANJATE
“Dormi ontem meu corpo de sal vida de eco que o vento recusa entrevistas. No avesso da noite os xikwembus dançam a festa do fogo até envelhecer-se o chão e os olhos moem a fome que resta na chuva. Nos caminhos do longe que construi na palma da minha mão não cabe o carinho de arame do mufana que me levava ao exilio. Adensa-se a ferrugem na minha vontade de pássaro suspende-se o meio-dia na sombra do girassol falta virgindade no silêncio a noite foi à luz amanhã a cárie ataca o sol e o que era sonho vira mentira. Acordei os poetas! E as aves, Maria, cheias de graça espreguiçam-se no céu” (Rogerio Manjate, Eu mentira? –In: Colectânea breve de literatura moçambicana. Porto: Identidades/Universidade do Porto/Gesto, 2000).
Gentamiga,
O escritor, poeta e ator moçambicano Rogério Manjate, num encontro realizado em Maceió, concedeu entrevista exclusiva num bate-papo na orla de Ponta Verde, falando de Moçambique, poesia, cultura, arte e Brasil.
Veja a entrevista de Rogério Manjate. E mais no Guia de Poesia.