LAM - Bonny, vamos
para a pergunta de praxe. Como e quando se deu seu encontro com a música?
Aos meus 14 anos aproximadamente,
costumava frequentar uma esquina, próxima da minha residência , no bairro do
recife onde ali se reunia alguns rapazes com violões e flautas doce e eu achava
muito bonito e prazeroso. Ao completar meus 15 anos, recebi do meu pai um
violão (Gianini Trovador) e continuando a frequentar a mesma esquina fui
aprendendo as primeiras notas.
LAM - Quais as
influências da infância e adolescentes que foram preponderantes para definição
de sua profissão pela música?
Observava com tamanha admiração o
meu pai a curtir belas músicas na voz de Nelson Gonçalves , Altemar Dutra
,Calbi Pexoto , Ivanildo sax de ouro entre outros.
LAM - Como e
quando se deu a sua primeira apresentação pública?
No ginásio, costumava levar o violão
para a escola e me reunia com alguns colegas para tocar e cantar. Certo dia a
coordenadora me intimou a fazer uma apresentação no auditório do colégio no dia
do estudante e me deu então uma das obras mais bonita interpretada por Milton
Nascimento, Coração de estudante, a qual realizei todo trêmulo e tímido.
LAM - Você
participou de diversas edições do Forromares. Conta pra gente como foi esta
experiência?
A minha experiência ao participar de
vários Forromares, além da emoção ,foi muito significativo , naquela fase eu
dividia o palco com outro músico de uma bagagem imensa, principalmente na área
cultural, o chamado hoje de Zé Linaldo (Linaldo Martins) onde aprendi muito
mais na área musical cultural além de me familiarizar com mais um enorme
público.
LAM - Em 2000 você
lançou um cd acústico e ao vivo. Como foi a realização desse projeto?
Esse projeto foi
realizado com muita dificuldade, por fatores financeiros mas ,com ajuda dos
amigos empresários e músicos realizei a obra.
LAM - Em 2017 você
lançou o cd Bonny Brown, fala pra gente acerca dessa realização.
Mais uma vez enfrentando as dificuldades
financeiras, recebi o apoio de outro músico de Recife ,do bairro de Areias , o
amigo citado tem um pequeno estúdio montado em sua garagem, facilitando assim a
gravação, juntando os músicos que participaram desta obra, meu filho Paulo
Raphael (percussão) e o contra-baixista (Marcelo Nunes) meu irmão.
LAM - Em 2019,
você lançou o cd Interpretação. Como se deu essa experiência e qual a
receptividade.
O disco Interpretação foi uma ideia de
um amigo de recife que admirado com a forma e o timbre de cantar forró, me
apresentou alguns playbacks do gênero junino e eu resolvi aplicar a voz em um
pequeno estúdio em Palmares.
LAM - Você
participou de gravações de diversos CDs de amigos, inclusive, o das parcerias
de Zé Linaldo & Genesio Cavalcanti. Conta pra gente dessa festa com os
amigos.
Recebi vários convites do compositor Zé
Linaldo para gravações em seus pois naquela oportunidade trabalhávamos juntos
dividindo o mesmo palco. Outros convites surgiram nos lançamentos dos livros do
poeta Genésio Cavalcante anexados aos respectivos CDs, onde participei de
algumas interpretações.
LAM - Como é
cantar na noite e procurar desenvolver um trabalho de cantor nos tempos atuais?
Faz uma avaliação da sua trajetória.
Não vejo dificuldades em cantar nas
noites, meu trabalho como cantor ou interprete é bem aceito por onde passo, de
forma modesta, digo que toda área artística enfrenta hoje, grande dificuldade
no momento político que já vem se arrastando por vários anos. No nosso país, a
cultura artística precisa de uma melhor atenção.
LAM - Quais os
projetos você tem por perspectiva de realizar?
Anseio gravar um novo disco, desta vez
com músicas inéditas e usando um melhor recurso, para que possa adquirir
melhores qualidades em execução, sonoplastia e etc...
BONNY BROWN – É cantor e violonista
que participa de eventos e realizações, possui vários discos gravados e é
presença marcante na noite pernambucana. Veja mais aqui.