domingo, agosto 21, 2022

MARIA JOYCE, UM TALENTO XEXEUENSE

 

 

Inteligente, talentosa, criativa, inquieta, eis uns dos tantos dos adjetivos para qualificar essa artista xexeuense: a cantora, compositora e produtora musical, Maria Joyce.

 

Entre uma e outra curiosidade que ela desperta, uma delas é que na sua certidão de nascimento consta que ela nasceu noutro município, mas não. É que quem nasceu em Xexéu antes de 1992 ou é palmarense ou aguapretano, razão que a faz mais múltipla por conta de haver nascido quando a localidade era ainda distrito.

 


Desde menina ela começou estudar clarinete na Banda Ipiranga, legendária reunião de músicos daquele município, mas além de dominar o instrumento ela executa e muito bem expressivas apresentações ao violão, ao teclado e faz ousadas peripécias na bateria, razão pela qual ela completou recentemente 30 anos de carreira. Já? Isso mesmo.

 

Não só isso: ela é bacharel em Direito, empresária, afora mexer e muito bem como designer, ornamentadora, artesã e também fabricante de cachaça – isso mesmo, dela é o aperitivo rotulado como Sabor do Interior que, inclusive, fabricada por ela mesma de forma artesanal, embora já prometa bastante orgulhosa que acrescentará mais uma às suas múltiplas profissões: a de industrial no ramo.

 


Mas o foco aqui transitará mesmo por seu talento musical, no qual ela se faz diversa: intérprete de verve, compositora arrojada – ela é detentora da autoria de mais de 50 músicas, instrumentista ousada e criativa executante de um tanto de instrumentos, desde a percussão, passando pelos sopros, cordas e teclas. Ela seria aquilo que o ditado popular costuma mencionar: se ela botar para trabalhar tudo que sabe duma só vez, desemprega meio mundo de gente. Verdade.

 


Foi quando tive acesso às suas buliçosas apresentações desde menina pelas bandas do Recife, São Paulo e meio mundo de lugar, até as mais recentes, como a sua participação da Seresta dos Pais, que aconteceu no último dia 13 de agosto, no Clube Municipal de Xexéu, ao lado Orquestra Nostalgia e convidados; como também da que fez no Natal Feliz, ocorrido no dia 22 de dezembro de 2021, em Xexéu, com a Turma de Sensa, Banda Musical Ipiranga e Inaldo Lins.

 


A oportunidade de conhecê-la pessoalmente se deu pelas mãos do atual presidente da banda Ipiranga, Anderson Fillipe. Foi um papo demorado e muito risível pela grandeza de espírito da moça. Conheci o seu estúdio de ensaio – em breve transformado em de gravação -, ocasião em que pude ter em mãos um vasto material com o seu trabalho. Dali ela me levou para a sua cachaçaria, na qual ela expõe destacada nas prateleiras a sua grife Sabor do Interior. Um ambiente aconchegante de quase me seduzir a sentar e virar freguês na hora, tomando umas e outras de virar a noite pelo dia. Fiquei encantado com a disposição e layout por ela empregado, desde a arrumação dos móveis e utensílios, até a ornamentação do recinto. Confesso: fiquei um bocado de tempo apreciando tudo tentando entender como cabia aquilo tudo ali.

 


Diante do meu encantamento ela quebrou a monotonia e me encaminhou proutro estabelecimento que servia de depósito e local do fabrico da cachaça, explicando-me o tratamento dado até o engarrafamento. Foi aí que ela começou a debulhar ideias umas atrás das outras do que pretendia fazer dali uns dias, coisa de super-heroína que não se cansa de fazer mil coisas ao mesmo tempo.

 


O mais interessante é que, ao se manter contato pessoal com ela, logo de chapa tem uma certidão: ela é divertida, articulada, buliçosa e desembaraçada, indo de um assunto a outro, inventando ideia, reaprumando outras, quando não soltando boas e largas gargalhadas com o humor de taurina para lá de alto astral.

 

Logo virei seu fã a ponto de segui-la por todas as redes sociais: YouTube, Palco mp3, Instagram, Twitter e Facebook, aplaudindo o seu talento e a sua promissora carreira de artista.