Inteligente, talentosa,
criativa, inquieta, eis uns dos tantos dos adjetivos para qualificar essa
artista xexeuense: a cantora, compositora e produtora musical, Maria Joyce.
Entre uma e outra
curiosidade que ela desperta, uma delas é que na sua certidão de nascimento
consta que ela nasceu noutro município, mas não. É que quem nasceu em Xexéu
antes de 1992 ou é palmarense ou aguapretano, razão que a faz mais múltipla por
conta de haver nascido quando a localidade era ainda distrito.
Desde menina ela
começou estudar clarinete na Banda Ipiranga, legendária reunião de músicos
daquele município, mas além de dominar o instrumento ela executa e muito bem expressivas
apresentações ao violão, ao teclado e faz ousadas peripécias na bateria, razão
pela qual ela completou recentemente 30 anos de carreira. Já? Isso mesmo.
Não só isso: ela
é bacharel em Direito, empresária, afora mexer e muito bem como designer,
ornamentadora, artesã e também fabricante de cachaça – isso mesmo, dela é o
aperitivo rotulado como Sabor do Interior que, inclusive, fabricada
por ela mesma de forma artesanal, embora já prometa bastante orgulhosa que
acrescentará mais uma às suas múltiplas profissões: a de industrial no ramo.
Mas o foco aqui transitará
mesmo por seu talento musical, no qual ela se faz diversa: intérprete de verve,
compositora arrojada – ela é detentora da autoria de mais de 50 músicas,
instrumentista ousada e criativa executante de um tanto de instrumentos, desde
a percussão, passando pelos sopros, cordas e teclas. Ela seria aquilo que o
ditado popular costuma mencionar: se ela botar para trabalhar tudo que sabe
duma só vez, desemprega meio mundo de gente. Verdade.
Foi quando tive
acesso às suas buliçosas apresentações desde menina pelas bandas do Recife, São
Paulo e meio mundo de lugar, até as mais recentes, como a sua participação da
Seresta dos Pais, que aconteceu no último dia 13 de agosto, no Clube Municipal
de Xexéu, ao lado Orquestra Nostalgia e convidados; como também da que fez no
Natal Feliz, ocorrido no dia 22 de dezembro de 2021, em Xexéu, com a Turma de
Sensa, Banda Musical Ipiranga e Inaldo Lins.
A oportunidade de
conhecê-la pessoalmente se deu pelas mãos do atual presidente da banda
Ipiranga, Anderson Fillipe. Foi um papo demorado e muito risível pela grandeza
de espírito da moça. Conheci o seu estúdio de ensaio – em breve transformado em
de gravação -, ocasião em que pude ter em mãos um vasto material com o seu
trabalho. Dali ela me levou para a sua cachaçaria, na qual ela expõe destacada
nas prateleiras a sua grife Sabor do
Interior. Um ambiente aconchegante de quase me seduzir a sentar e virar
freguês na hora, tomando umas e outras de virar a noite pelo dia. Fiquei
encantado com a disposição e layout
por ela empregado, desde a arrumação dos móveis e utensílios, até a
ornamentação do recinto. Confesso: fiquei um bocado de tempo apreciando tudo
tentando entender como cabia aquilo tudo ali.
Diante do meu
encantamento ela quebrou a monotonia e me encaminhou proutro estabelecimento
que servia de depósito e local do fabrico da cachaça, explicando-me o
tratamento dado até o engarrafamento. Foi aí que ela começou a debulhar ideias
umas atrás das outras do que pretendia fazer dali uns dias, coisa de
super-heroína que não se cansa de fazer mil coisas ao mesmo tempo.
O mais
interessante é que, ao se manter contato pessoal com ela, logo de chapa tem uma
certidão: ela é divertida, articulada, buliçosa e desembaraçada, indo de um
assunto a outro, inventando ideia, reaprumando outras, quando não soltando boas
e largas gargalhadas com o humor de taurina para lá de alto astral.
Logo virei seu fã
a ponto de segui-la por todas as redes sociais: YouTube, Palco mp3, Instagram,
Twitter e Facebook, aplaudindo o seu talento e a sua promissora carreira de
artista.