POEMAS VITAIS DAGORA NO LABIRÍNTICO VERBABSOLUTO DE
LAGRIMÁGUAS
Imagem: ArtLAM.
Luiz Alberto Machado
Para começo de
conversa, duas de antemão: uma sobre o autor; a outra, sobre a obra. Se parecer
dois caminhos, não é nada, vice-versa, a mesma porta. Vamos lá.
Conheci VCA lá
por volta do início dos anos 1980. Isso quando andava eu todo pavoneado com a
publicação do primeiro volume dos meus versos adolescentes, na legendária Livro
7 – foi o Para viver o personagem do
homem, publicado sob a coordenação da Nordestal Editora – leia-se Juareiz
Correya -, em 1982.
Todo ancho, já
entabulava o apadrinhamento do poeta Jaci Bezerra, para o segundo livro pelas
Edições Pirata, A intromissão do verbo,
que foi lançado no ano seguinte. Como também, todo cheio das pregas com o meu
segundo texto teatral, A viagem noturna
do Sol, que ganhou uma leitura dramática do TTTrês Produções Artísticas –
leia-se José Manoel Sobrinho & Cia, na Casa da Cultura. Se não era nada, já
me achava o rei da cocada preta, avalie.
Foi por esse
tempo que o conheci no meio de viradas de copos e muito papeado nas noitadas
entre o BeerHouse e o Savoy – sabia de cor cada boteco ou mosqueiro do Beco da
Fome, da Praça do Sebo ou do Pátio São Pedro, noitedia e de olhos fechados, até
trocando as pernas da Guararapes até a 7 de setembro, chovesse ou ensolarasse.
Ali a gente se encontrava e reencontrava quase todos os dias, até o lançamento
coletivo da Pirata, em Casa Forte.
Dele eu já
conhecia o premiado Título Provisório
e o que, à época, era o recém-lançado e não menos premiado Burocracial, publicado também pela Pirata. Ou seja, estávamos no
mesmo time.
Como eu já andava
acoloiado com o Gilberto Melo na criação da Revista A Região e, ao mesmo tempo, às voltas com um pedido do escritor
Paulo Cavalcante para adaptar, musicar, dirigir e encenar o texto teatral João Sem Terra, de Hermilo Borba Filho -
atendi e topei, era para a inauguração do palco do Teatro Cinema Apolo, então,
sede provisória da Fundação Casa da Cultura de Hermilo, em Palmares – PE. Quer
dizer, atribulado com essas e outras mais – como a fundação das Edições Bagaço
-, a gente se desencontrou de não se ver por um bocado de tempo. E bote décadas
nisso.
De fato, a gente
só vai se reencontrar mesmo, de novo, em 2017, quando tive às mãos, o livro dele
Bando de Mônadas, que fora lançado em
2011. Li e reli o volume, fiquei maravilhado. Cheguei ao ponto de crescer na
ideia a maior audácia e ousar desmedidamente, musicando uma reescritura dos seus
poemas, para montagem de um espetáculo com muita poesia, vozes, cores, tons e
sons. A gente chamou a Cyane Pacheco para ilustrar o volume e elaborar o
cenário. A coisa andou, tomou corpo e mandamos ver no projeto que, no final,
malogrou nas disfunções burocráticas do Funcultura. Destá. O projeto não
sucumbiu, apenas, foi pro banho-Maria, por enquanto - juntei as partituras e
umas colagens/ilustrações para passar a régua e deixar tudo nos trinques mais
para frente. Ou seja, a coisa está amadurecendo para momento oportuno.
De lá para cá VCA
publicou, ao todo, 29 livros de poesia na trajetória iniciada pelos dois já
mencionados anteriormente, e mais: Gesta
Pernambucana (1990), Coração de Areia
(1994), 50 Poemas Escolhidos (2004), Só as paredes confesso (2006), Palpo a quimera e o temor (2009), Ora pro nobis Scania Vabis (2010), Ave Sólida (2010), Bando de Mônadas (2011), Confissões
(2012), Crepúsculo do pênis (2012), Kant não estuprou a empregada (2012), Hímen de Mallarmé (2012), Id (2013), Estrutura da obra (2015), Futuro
arcaico (2016), A poesia salva a alma
(2017), Semata (2017), Catálogo de ângulos (2018) e mais, sob a
seleção e organização do poeta e professor Admmauro Gommes, foram: Luz de Álgebra (2019), Poesia sal e âncora (2019), Poesia sem fim (2019), Fractália lírica (2019), Quiçá menos luz (2019), Insólita clepsidra (2019), Dicionário de êmbolos e cajados (2020), Pálpebras de pedra (2020) e Mandíbula eleata (2021), afora outros
publicados com ensaios e crítica literária. E digo mais: todos devidamente
apresentados em postagens publicadas no meu blog Tataritaritatá, espaço este que mantenho desde 2002 e que, em
janeiro, completa 20 anos de estrada. Vamos nessa.
Bem, depois de
falar do autor, cheguei ao ponto da obra que ora participo. Foi assim: recebi
das mãos de VCA um saco com uma papelada bem robusta e, ao que parece, bem substancial.
Ao apreciar a garrancheira da caligrafia nos manuscritos, dei de cara logo com:
A única via de salvação é o
absurdo... Siga,
portanto, a veia do absurdo, e saia à vida. Êpa! Pelo jeito, coisa séria. E
era mesmo. Ajeitei a gola, me acomodei melhor e aprumei a conversa porque, depois,
outras garatujas eclodiram com suas irreflexões aos montes: A língua da poesia nova não cessa / de
inventar-se a si e a sua sintaxe... A
poesia é a última expressão vital da perene / necessidade existencial.
No meio de outros rabiscos, lá
estava VCA sem tréguas: A potência do
verbo. / A vontade da palavra... / A dialética da liberdade e da
necessidade / é exercida na poesia / absoluta e apoditicamente... Viva a
sintaxe sem coações. / Viva a descategorização poética... O ato criador
literário ignora o relativo / negligencia o ablativo... Toda transgressão é
criadora. / O que permanece apodrece... Transgressão
é liberdade / liberdade é criação.
E não parou
por aí, foram doses cavalares com os versos labirínticos no riscado: Labirinto e sua astúcia catastrófica... Este salmo com que
ladrilho solo do labirinto dedico à Senhora que vaga em seus corredores
intestinos invectivando fantasmas, romanceando Pernambuco...
Logo após, mais gatafunhos com
lapidares versagens em profusão: Poeta é
quem se ache senhor (absoluto) / do destino da palavra. / Só a obsessão – não o
cansaço / finda o poema ou bem o inacaba.
Pois bem, para encurtar a
hestória: havia uma torrencial expressão, para não dizer oceânica tradução, a
ponto de não me deixar parar quieto com o que ele assinalava, por exemplo, em Rosto sobre hinos: Memórias do vento eu apagava / mas ouvia espáduas do relâmpago / de
minhas sublevadas palavras / o orgasmo da tempestade descia...
E não só, digo de
novo e flagrei na Nota preambular: Viver é necessário, poesia não.
Eita! Admito que
a primeira sensação que eu tive ao devorar o calhamaço foi aquela do Corpo sem órgãos de Artaud. Sim, aquela
mesma que embasou a desconstrução de Derrida e os icônicos Mil-platôs e Anti-Édipo
de Deleuze & Guattari. Não só, reitero, senão demasiado derramamento e
explosão, ao mesmo tempo, com Neruda, Cioran, Lezama Lima, Valéry, Borges,
Seféris, Terry Eagleton, Blanchot,
entre outros da sua erudição inalcançável.
Tem outra mais,
sim, quando VCA trata sobre o poema que reputo, inclusive, como de suma
relevância: Poema é a afirmação (ou
negação, tanto faz) de algo inesperado, súbito acaso dado de pronto, flash
relâmpago mental (como o haicai de Osman Holanda ou Cloves Marques).
Não para por aí. A partir da Epígrafe de Octavio paz (Alicerces do poema absoluto), ele detona
outra leva: O texto poético absoluto representa um singular
plural no sentido de irredutível a um (só) sentido, por mais tentador que seja.
Ou discursiva seja a lição. O texto é singularmente plural e pluralmente
singular. Isto é, diferente, único, amplo, aberto, preciso. Ou melhor,
impreciso. Exatamente ambíguo.
Ainda por cima, num
fôlego só, parece, manda ver: ... meu poema sem lírio, em
minha palavra enlouquecida... Poema é a afirmação (ou negação, tanto faz) de
algo inesperado, súbito acaso dado de pronto, flash relâmpago mental...
Quanto à poesia, escreve VCA: A poesia é (serve) para (nós nos)
compreendermos. Nunca, jamais para sermos compreendidos... (ligando no homem –
o que se liga no céu – os sistemas corpo e mente e não apenas o lucro com a
cocada)... Um poeta verdadeiramente
nunca está em juízo perfeito, desfrutando plenamente da chamada razão prática,
estabilidade emocional ou frieza de caráter, aridez lírica, estupidez cônica,
mas possuído de visões estranhas e evasões para longe do mundo da usura ou dos
negócios verbais escusos... Entre parêntesis:
(Atente-se que a vida é só uma jornada em busca do sentido do
mundo, e um desafio para escapar da flor da pele, da superfície da pedra, e
alcançar o fundo do fruto)...
Sem poupar energia, arremata: ...
urge desautomatizar o poema, ditado pelo
ego (látrico) poeta sob férreo ditame da rima e da trena... A poesia deve
explorar todas as impossibilidades – e delas extrair possíveis e lições
imaginárias.... É de outros quinhentos e nem um cêntimo a mais que se faz
poesia.
Ufa! Tem muito e outras mais.
Não seria exagero dizer que o poeta parece mais um espalha-brasas e solto na
buraqueira! No bom sentido, claro! O que é admirável, diga-se de passagem.
Lê-lo foi como ter a experiência de sacudir o parque das esferas de Sloterdijk – bolhas, globos e
espumas -, detonando o deserto do real e viral de Zizek e as idas e vindas das
trocas simbólicas com todos os simulacros de Baudrillard. Sim. E digo isso como
se estivesse diante daqueles inventores de Pound: com certeza, este é um dos que
possui o domínio sobre o artificio da maquinaria simbólica. E mais: ao
incorporar o Id além do princípio do prazer, ele vai dita no meio da
obsolescência das parafernálias de agora: Goze o máximo que puder e de todas as
maneiras possíveis e inimagináveis! Goze! Acha pouco? Para mim, era como se
tivesse pela primeira vez no meio do teatro da espontaneidade de Jacob Levi
Moreno: um deus de perna quebrada. E ouvindo Roger Malina: Os artistas têm o importante papel de moldar a ciência do futuro!
Foi a partir da
leitura que comecei selecionando todo material e organizando este volume que
ficou dividido em quatro partes. A primeira, Vitais irreflexões, reunindo poemas em que o autor joga seus dados.
A segunda parte, Outros poemas de absoluta irreflexão, em que expõe sua máxima
verve poética. A terceira, Depoimento vital: a poesia & outras poéticas
absolutas, reunindo textos de sua lavra de crítica literária. Por fim, Rigor do caos, reunindo textos de
Cláudio Veras, Paulo Bandeira da Cruz, Rogério Generoso e Alberto Lins Caldas,
que se debruçaram para análises acerca da poesiabsoluta de VCA.
Da minha parte, posso
assegurar: serviu-me tanto, plena livroterapia. Isso mesmo. E só isso já seria
o bastante, porque não vou aqui arremedar o que já disseram exaustivamente os autores
aqui reunidos na última parte do livro, bem como os professores Sébastian
Joachin, César Leal, Carlos Newton Júnior ou Admmauro Gommes, e muitos outros,
que escreveram extensas laudas a respeito da importância de sua obra. Também não
o faço para não ser repetitivo e abusar da paciência do leitor. E se isso não
for suficiente, acrescento: para mim, o bom mesmo é o prazer da descoberta, contando
com a possibilidade de ler quaisquer dos poemas de traz pra frente, de cima
para baixo, do meio para diante ou para trás, tanto faz. Afinal, a poesia de
VCA além de palindrômica é esfíngica, o que menos importa é ser capaz ou não de
descobrir ou desvelar, basta viver a experiência e dela tirar o maior proveito
que puder ou nenhum, de qualquer forma ou modo, vale a pena. Com você, Labirinto Verbo. E boa viagem.
POEMAS
A MEU CORAÇÃO REBELADO
Selvagem tropel das feroces bestas que
trafegam no voraz paraíso do tumulo capto sinal doente.
Extintas ressonâncias do meu coração
rebelado....espelhos inclinados sobre o avesso da alma enlouquecidos reflexos
lançam sobre vital destino.
POEMA
Poema... a poeta que desreescreva.
Indescrever tente o que não sinta
assim.
Ao hipermoto perpétuo do verbo vá, vá
reacine-se
(ao verso contínuo ou impávido
despedace)...
A poeta que deprede gentilezas fofas
e a singelas castanheiras vérsicas
inocula lírica força
(e se atreva a tornar mito em cascos).
Cultive arruaças quiméricas e
esparmacetes
transforme as rimas de vigora cera em
saliva
troglodita toda esperança lírica.
Nunca perdoe o tempo ou aquiesça datas
e, após entorpecer a hora, no pódio da
incúria.
Erija a dor (mordaz ou não), com
percúria ingira
todo o dínamo de metamorfose
(acione-se)
(dinamita toda beleza vândala que se
linja
do poema tipo sorriso da saciedade
crua)...
A poeta que veredas labirínticas
amestre
a espectros, náuseas, esfinges corroa
à fé incrua urda imprecações votivas
e via botica do verso anestesie
fármacos a alma.
Turbilhone toda fugitiva essência de
probo leitor
cru incomodo cause à relativa
excelência dos poetas
apopléticas zombarias invista contra
fátuos leitores
mascarados pareceres incremente
a processo do sudário e pedras de
roseta
abizarros estilhace (ou comprima o
trânsito)
e a fagócitos intente o corpo desumano
a agnósticas verdades certeza cética
oponha.
Com pré-socrática caneta atropele
página que verseja...
Ao atanor instrumente e de seu fogo
genésico
(não mais de náusea) Prometeu
ilumine... e reendeuse.
A drogas de Zeus ofenda e detrate com
prebenas.
A poeta que toda extravagância (e
estranheza)
da linguagem elevada cultive com
argúcia
a aparências da certeza danifique
como ao descalabro desnidifique.
Ao aéreo contraponto toneladas de
rurais destroços
a interiores objetos grau anárquico
conceda
(com mau - mui mau senso).
A tugúrio do irreal (falso) amordeça
deseincense húmus atabalhoe o humano
faça a foice limiar do rosto
reinventar
todo escuro cerne escancare o riso
escanoi.
A destilação do leite literário
incremente
com fervorosos (mas não
estupefacientes) fermentos.
A poeta que ora se vinga multifários
hieróglifos Veneza disesfinja...
A búzios expanda
vale tiranos, faça zoar
chicote sobre mais tenra carne títere.
Toda chusma de martírio e tortura
depoda.
Abula bibelôs e fake news crucifique
a brochuras e intervalos sem
idoneidade espanque,
(NB: A gramática do poema absoluto
é complexa, por definição e
natureza...
e estranha, muito antiacadêmica...
suma ilegal...)...
Poema que te leve a pústulas
incrédulas ímpia
indecorosa ou indecisa leitora ou a
posturas de renegar a rima
ante o outono ou coivara pretendida
(a crocitar verdades estabelecidas).
Às indolentes exéquias louvar por
estresse.
Ao extremo do retrocesso verbal fugir
turíbulo de mármore e incenso regar
ou da lâmpada de luz cega ou cinza
fugir.
Da voragem intemor a flux descrer.
A coração tão súbito qual abismo ou
fundo
do desbaste recuar.... talvez
A 9 foras / 0 adira, leitora pútrida
prístina.
AS ESCÂNCARAS
Aos 600 mil irmãos matados.
Labaredas
de candura
acantonadas
na feiura pátria
êmbolos
grangrenados
cães
rodopiando e nus
rosas
de pus
minha
sinceridade não é de safira
mas
meus olhos são acesos e puros
de
vergonha (latino-americana é cada língua
que
despejo e choco o útero aborto da pátria).
Lágrima
não é de vime
é de
ferro e ácido solene
é de
tório minha lágrima
de
aço feroce o pranto.
Toda
a sinceridade brasileira embalada
em
pacotes sem destino
enlatada
para desaparecer
a
fardos asfixiados (espúrios)
a
sinceridade condenada
lotes
de carência afogados
a
estéril eficácia (sono violento)
dos
arcabuzes da dor despertada
já
fumegam dadivosas ondas
dos
incêndios dos oceanos cívicos
e
árvores são abatidas (toras de loucura)
coivaras
premiadas
viris
chamas do criminoso fogo
à
incontinente bandeira
prestam
ardentes louvores
felicidades
aos hiperbóreos de sempre
tísicos
lírios te aguardam
te esperam
frêmitos de círios
cruas
razões ainda sangram
arrancadas
da carne
como
se arranca a um coração do peito.
feridas
abertas do peito pátrio
como
enlouquecidos manicômios municipais.
chocalha
das lágrimas
dos
que foram ao exilio da morte
conduzidos
como carneiros ou touros ao atencioso abate.
mortos
ao léu tornaram-se
apátridas
almas, virótico espírito
portadores
do mal tenebroso.
a
eles negaram pio enterro
cemitérios
foram proibidos, vida negada.
Sopro
suprimido, respiração suspensa:
oxigênio
passou a ser luxo
só a
pulmão ricaço permitido
acesso
da multidão à morte não vedado.
ROSTO SOBRE HINOS
Rosto inclinado sobre hinos
formas salvas do tédio
romãs arrulhando na bandeja
sobre pútrida lareira
orvalho rodando a papoula
cavalo do tempo passando
antes do ônibus e o poeta içado
da garupa da tempestade
à página.
Memórias do vento eu apagava
mas ouvia espáduas do relâmpago
de minhas sublevadas palavras
o orgasmo da tempestade descia.
Não por isso, mas pela Poesia ter feito
desta Terra sua morada.
Somos de tempo.
Os poetas estendem os fundamentos.
A medida não deve conter
o desmedido em poesia absoluta.
SOBREU
(APONTAMENTOS BEM INDEVIDOS DEVASSAVEIS A ESCOMBROS
ESCONSOS PORÉM ESTÉREIS)
Me entupo de utopia todo dia.
Tento ser o por vir antes de mim.
Nunca intentei ser outro.
A não ser a Borges.
Açoda cobiça não aguço.
Sonho com a tarde defronte do cais.
À proteção da sombra do porto cativa.
Insensatamente incessante sou.
É melhor não ser... do que ser assim
brasileiro.
Objeto da poesia sempre irreconhecível
deva ser.
Para leitora e Cia. Ou não é poesia.
Hermética e abstrata...
(frenética, orfeixa, freudiana)
Porém poesia.
Abruptamente profundo.
Ilegível razão do ser.
Do ser absoluto.
Imagem: Arte Admmauro Gommes.
LABIRINTO VERBO – Poemas
extraídos da obra Labirinto Verbo (Criaart, 2021), do escritor, jornalista,
advogado, professor, conferencista e tradutor Vital Corrêa de Araújo,
que é composto pelo prefácio LAM (e ilustrações) Poemas vitais dagora no labiríntico
verbabsoluto de lagrimáguas, Vitais irreflexões, Outros poemas de absoluta
irreflexão, Depoimento Vital: A poesia & outras poéticas absolutas &
Rigor do Caos com textos de Cláudio Veras, Paulo Bandeira da Cruz, Rogério
Generoso e Alberto Lins Caldas. Veja mais aqui e aqui.