LAM - Marquinhos, como e quando se deu seu encontro
com a música?
A música é minha companheira desde pequeno! Lembro-me bem que com pouco
mais de 6 anos ouvia Românticos de Cuba, Perez Prado, Agostinho dos Santos,
Altemar Dutra, Triny Lopez, Caubi Peixoto, Nelson Gonçalves e Roberto Carlos em
minha casa aqui em Palmares. Os meus irmãos Luiz Carlos e Beco (Carlos Alberto)
escutavam musica diariamente num velho passa disco montado por Beco.
LAM - Quais as influências da infância e
adolescência que determinaram sua escolha pela música?
O que determinou a minha entrada na musica se deu após ouvir Elvis
Presley e eu falei exatamente assim: Eu quero fazer isso!
LAM - Você teve uma experiência hippie, fala pra
gente como ocorreu e qual avaliação você faz dessa sua vivência?
No final da década de 60 e começo dos anos 70 fomos invadidos pelo
movimento da contracultura e nós jovens adolescentes achávamos que a rebeldia
era o canal de ligação com uma nova ordem mundial... Ficamos só aí pois a
repressão (ditadura) fechou a porta na nossa cara reprimindo tal ordem que espalhava-se
por todo o país.
LAM - Você participou de vários conjuntos musicais
locais e regionais, como Tocantins, Mancines, Ideais, entre outros. Fala pra
gente dessa experiência.
Na verdade comecei cantando em um conjunto formado pelo Senhor Paulo
Siqueira Marques na Rádio Cultura dos Palmares depois fui cantar no GodFather
(Era o grande boom ter nome estrangeiro naquela época) em seguida cantei nos
Mancines, Tocantins, Statos, Rosa Metálica, Big Band Show de Maceió, Diamantes
de Ribeirão e Os Ideais de Catende.
LAM - Depois você foi pro Recife para integrar
bandas como Alcano e outras. Conta pra gente dessa trajetória.
Em setembro de 1982 recebi um convite para integrar o Grupo Skorpios de
Recife e aceitei de imediato convite feito pelo empresário Ivonaldo Silva do
Cabo de Santo Agostinho lá gravei o disco Peek a Boo . Saí um ano depois para o
Grupo Alcano que era outro grande nome no mercado de show-baile e lá gravei o
disco Sabor, pela gravadora Copacabana. Como almejava coisas mais audaciosas no
mercado da musica formei a Banda Força Estranha e lá gravamos um disco qual não
foi para o mercado. Em 1987 recebi o convite para assumir os vocais da Turma do
Pinguim e lá gravamos o primeiro álbum que tinha como titulo Turma do Pinguim.
Dois anos depois fui para o Esquema Novo uma banda com supermúsicos tocamos
alguns anos juntos, Logo fui para a Banda Vinil e lá gravamos o álbum Meu Barco
e tive a oportunidade de trabalhar no trio da Coca-Cola que era o grande nome
nos carnavais do Brasil.
Voltei ao Força Estranha e em seguida ingressei na Banda Shampoo onde
realizamos grandes projetos por todos estados do nordeste lá gravei o CD Coisas
de Pernambuco, um disco fantástico com ritmos de nossa terra. Com o fim da
Banda Shampoo veio o convite para integrar a Orquestra Raízes onde gravamos um
CD e um DVD de grandes clássicos da musica mundial lá permaneci até 2013 quando
voltei pra Palmares.
LAM - Como se deu o projeto de parceria com Genésio
Cavalcanti & Zé Linaldo?
Em meio essa loucura de dividir a minha vida entre Palmares e o resto do
mundo dou de cara com o poeta Genésio Cavalcanti escrevendo letras de musicas
inspirado nas nossas audições de mesas de bar nos finais de semana. Logo convidou Zé Linaldo para musicar tais escritos daí
surgiu o nosso primeiro álbum Viva o Congresso Nacional e em seguida surge o
álbum dois por nome América em canções, não demorou e fizemos mais um álbum por
nome Madrigais e agora estamos em fase de conversação para trazer mais um
álbum.
LAM - Você hoje está desenvolvendo atividades na
Fundação Hermilo Borba Filho, em Palmares. Fala dessas atividades.
No ano de 2013 recebi um convite para fazer uma manutenção no
equipamento de som do Teatro Cinema Apollo de Palmares convite esse feito pelo
então presidente da FCCHBF o nosso amigo Lulika dos Palmares. Após o termino da
manutenção o mesmo me convidou para fazer parte da Orquestra Metais em Ouro e
trabalhar no teatro. Convite aceito e hoje faço parte do quadro da FCCHBF como
técnico responsável daquele templo da cultura palmarense.
LAM - Você está preparando um novo cd. Conta pra
gente de como está se desenrolando esse projeto.
Exatamente há dois anos atrás lancei um CD de musicas que eu costumo
cantar nos lugares onde passo que tem com titulo: Pelos bares e bailes da vida
e agora estou em fase de montar repertório para um novo trabalho que inclui
duas musicas dos discos gravados em parceria com Genésio Cavalcanti e Zé
linaldo.
LAM - Quais projetos você tem por perspectiva de
realizar?
Tenho um projeto em frente da Orquestra Athennas aqui em Palmares e
estou em fase de construção de um livro de contos.